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A aliança perpétua de Deus é uma aliança que vai de
eternidade a eternidade. Não é possível explicar exatamente o que isso
significa. A aliança firmada entre Deus e Moisés no monte Sinai foi escrita em
tábuas de pedra e firmada com sangue de animais (era temporária), mas essa
aliança perpétua é superior, firmada com o sangue de Cristo, e inscrita em nosso
coração (1 Co 11:25; Hb 8:10). Ao contrário da lei escrita em pedras que se
desgastam, aquilo que é inscrito no coração é perpétuo e não pode desgastar-se
ou perder-se.
Além de ter valor eterno, a aliança perpétua é também uma aliança de paz.
Em Isaías 54:10 lemos: “Os montes se retirarão, e os outeiros serão removidos;
mas a minha misericórdia não se apartará de ti, e a aliança da minha paz não
será removida, diz o Senhor, que se compadece de ti”. No Antigo Testamento,
quando alguém do povo de Israel necessitava reconciliar-se com Deus, deveria
trazer uma ovelha ou um boi para ser sacrificado. Antes do sacerdote imolar o
animal, o ofertante impunha as mãos sobre ele. Esse gesto significava que ele e
o animal tornavam-se um e que o animal era seu substituto. A morte que o animal
sofria era, na verdade, o que o ofertante deveria estar sofrendo. O israelita
sentia paz ao ver o sangue do animal sacrificado, pois o animal morrera em seu
lugar e ele próprio já não precisaria morrer por causa de seu pecado.
Paz, então, era estabelecida entre ele e Deus. Se a antiga aliança já era
uma aliança de paz, quanto mais na nova aliança provaremos a paz que o sangue do
Cordeiro de Deus nos concede! O Senhor Jesus um dia fez-se homem e morreu por
nós, derramando Seu precioso sangue para que não morrêssemos pela condenação do
pecado. Quando cremos no Senhor e O recebemos como nosso Salvador, imediatamente
Seu sangue nos purificou nos purificou de todo pecado e uma paz indizível encheu
nosso coração. Em 1 João 1:7b,9 lemos que Deus é fiel para nos perdoar por meio
do sangue de Jesus, Seu Filho. O versículo não fala apenas do “sangue de Jesus”,
mas também do “sangue do Seu Filho”. O Filho de Deus existe de eternidade a
eternidade. Ele era conhecido antes da fundação do mundo como o Cordeiro de
Deus, sem defeito e sem mácula, o qual derramou por nós Seu precioso sangue (1
Pe 1:19,20).
Por isso este sangue tem eficácia eterna. Essa aliança de paz é perpétua,
eterna. Eternamente, todas as vezes que olharmos para o sangue de Jesus Cristo,
teremos paz. Além disso, conforme Isaías 55:3 diz, essa aliança perpétua
consiste nas fieis misericórdias prometidas a Davi. Em 2 Samuel 7 lemos a
respeito dessas promessas: “Fui contigo, por onde quer que andaste, eliminei os
teus inimigos diante de ti e fiz grande o teu nome, como só os grandes têm na
terra. Prepararei lugar para o meu povo, para Israel, e o plantarei, para que
habite no seu lugar, e não mais seja perturbado, e jamais os filhos da
perversidade o aflijam como dantes, desde o dia em que mandei houvesse juízes
sobre o meu povo de Israel. Dar-te-ei, porém, descanso de todos os teus
inimigos” (2 Samuel 7:9-11).
Paz para o povo de Israel fazia parte das promessas de Deus a Davi. Em 1
Samuel 7:13, Deus prometeu que um descendente de Davi edificaria o templo. Hoje,
da mesma maneira, Deus promete paz ao Seu povo, a igreja. Todavia, não devemos
contentar-nos apenas com a paz ao nosso redor ou em nosso interior. As promessas
de Deus a Davi vão muito além disso, pois dizem respeito à edificação do templo
de Deus na terra. Agora sabemos que Deus fez uma aliança perpétua conosco, e que
por meio dela temos paz e temos o direito de edificar a casa de Deus, que é o
Corpo de Cristo, a igreja. Para isso, então, consagramo-nos totalmente a Deus.
Contribuição recebida por e-mail
Trecho extraído do livro “Graça Sobre Graça”
publicado pela Editora Árvore da Vida. Para adquiri-lo, acesse o site:
www.arvoredavida.org.br
Versículo Para Ler e Orar |
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