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Quem seria o rei de Israel? De onde viria ele? A
oração de Ana nos responde: O rei viria do mais humilde (1 Samuel 2:8). Um pobre
é levantado; um necessitado é exaltado para assentar-se entre os príncipes e
para herdar o trono da glória. Quem é este? Por conhecermos a história de Davi,
sabemos que por um lado isso se refere a ele que, quando jovem, era desprezado
como se fosse um pobre no pó ou um necessitado no monturo; porém, depois, o
próprio Deus o exaltou. Por fim, Davi foi honrado e exaltado sobre todos os
nomes de reis da terra. Por outro lado, isso diz respeito a Cristo. Cristo
humilhou-se ao máximo, porém, Deus O exaltou sobremaneira (Filipenses 2:8-9).
Vemos, portanto, pela oração de Ana que o rei seria alguém humilde, exaltado por
Deus.
Aqui ganhamos mais uma lição de vida: jamais devemos ensoberbecer-nos,
pois quando o orgulho toma conta de nós satisfazemos Satanás, a fonte do
orgulho. No livro de Jó podemos notar quão difícil foi para ele ver e reconhecer
que era orgulhoso! Nos vários capítulos, Jó manifestou duas características
principais dos orgulhosos: argumentos e justificativas. Mas, no final do livro,
Jó se humilhou. Foi preciso o próprio Deus vir falar-lhe para que reconhecesse
seu orgulho. Assim que percebeu que havia falado palavras sem entendimento, ele
se arrependeu e Deus pôde abençoá-lo. Nos dois capítulos que antecedem o
arrependimento de Jó (capítulos 40 e 41), Deus descreve dois grandes animais
como sendo o símbolo do orgulho, que Ele chamou de “o rei dos animais
orgulhosos”. Somente quando Jó viu que tão horríveis animais representavam seu
ego, é que ele se arrependeu profundamente, a ponto de abominar-se. O resultado
vemos no capítulo
42: Deus abençoou Jó e lhe deu porção dobrada da benção. Se não tratarmos com o
orgulho não há como Deus abençoar-nos.
A história de Saul, o primeiro rei de Israel, traz-nos muitas lições
sobre orgulho e humildade. No início, apesar de ter uma bela aparência e de se
destacar entre todos por causa de sua altura, Saul era bastante humilde. Ele
reconhecia que não era digno de nada por pertencer à menor das tribos de Israel,
Benjamim, e por ser membro da menor família da tribo de Benjamim (1 Samuel
9:21). Visto que era assim tão humilde, ele foi colocado numa posição de honra
por Samuel (v. 22) e recebeu uma porção especial, na presença dos convidados de
Samuel. Depois, Samuel ungiu-o, e o Espírito de Deus se apossou dele. Mesmo
assim, Saul não se orgulhou ao responder a pergunta do tio sobre seu encontro
com Samuel, nem lhe contou nada a respeito do reino.
Outros fatos revelam a humildade inicial de Saul. Mas assim como
Nabucodonosor, Saul por fim se orgulhou e passou a usar a autoridade que lhe
fora confiada, para manter seu domínio sobre Israel. Saul não confiou em Deus e,
com medo de ser derrotado na luta contra os filisteus, fez algo que O ofendeu.
Saul não guardou a Palavra de Deus, antes agiu precipitada e nesciamente
(13:8-14). Como resultado, seu reino não foi confirmado, mas foi passado para um
homem segundo o coração de Deus: Davi.
Texto extraído do capítulo 1 do livro "A Oração
de Ana" publicado pela Editora Árvore da Vida.
Versículo Para Ler e Orar |
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