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Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras (Mt 26:44).
Este princípio das três vezes é muitíssimo
significante. Devemos prestar atenção a tal princípio não somente em nossa
oração pessoal, mas também em nossas reuniões de oração. Se esperamos que nossa
oração numa reunião cumpra o ministério da igreja em realizar o que quer que
Deus deseja que façamos, devemos lembrar-nos desse princípio importante. Não permitamos que nossa oração salte ao derredor como um gafanhoto: pulando a outro assunto antes que o primeiro seja totalmente esgotado, e antes que o segundo assunto tenha recebido a atenção total, pois então nos encontramos de volta ao primeiro assunto. Tal oração saltitante não desfaz fardos, e, portanto, é difícil conseguir as respostas de Deus. Tal oração é de pouca utilidade e não preenche o ministério da oração. A fim de preencher o ministério da oração devemos ter um fardo de oração perante Deus, Não pretendemos ditar leis; somente desejamos apresentar aqui este princípio. Reconheçamos isto: o fardo é o segredo da oração. Se a pessoa não sente dentro de si o fardo para orar por um assunto em particular, dificilmente terá êxito em oração. Numa reunião de oração alguns irmãos podem mencionar muitos pedidos de oração. Mas se você não for tocado interiormente, não pode orar. Portanto, cada irmão e irmã que yem a uma reunião de oração deve ter um fardo de oração a fim de orar. Ao mesmo tempo não se absorva totalmente na consideração de que fardo você possui; deve também perceber o fardo dos outros irmãos e irmãs que estão na reunião. Por exemplo, uma irmã pode estar tendo problemas com o marido; outro irmão pode estar doente. Se na reunião de oração uma pessoa pede que Deus salve o marido dessa irmã, e é seguida por outra pessoa que pede que Deus cure a doença desse irmão, e por sua vez é seguida por outro indivíduo que lembra perante Deus algo mais, então cada pessoa está orando somente por seu assunto em particular. Tal oração não está de acordo com o princípio do orar três vezes. Pois no exemplo que acabamos de dar, o que está acontecendo é que antes que um assunto tenha sido total-mente esgotado, o segundo tópico já está sendo motivo de oração. Conseqüentemente, numa reunião de oração os irmãos que se reuniram devem notar se um fardo de oração pelo primeiro assunto já foi desfeito. Se todos orarem por essa irmã e o fardo da oração for desfeito, os crentes podem então orar pelo irmão doente. Antes que o fardo da oração do primeiro tópico seja desfeito, os que estão orando juntos não devem mudar para o segundo ou o terceiro pedidos de oração. Suponha que o grupo inteiro ainda esteja envolvido em um assunto particular. Então ninguém presente deve tentar acrescentar oração que seja somente segundo seu próprio sentimento pessoal. Os irmãos devem aprender a fazer contato com o espírito da reunião toda. Devem entrar no sentimento da assembléia. Percebamos que por alguns assuntos precisamos orar somente uma vez e o fardo é desfeito. Mas outros assuntos talvez necessitem de mais oração, ao passo que às vezes devemos orar três ou cinco vezes por outros assuntos antes que os diversos fardos sejam desfeitos. Sem levar em consideração o número de vezes, o fardo deve ser desfeito antes que a oração a respeito de certo item seja concluída. O princípio de orar três vezes não é nada mais que orar até que o fardo seja levantado. Em tudo isto, é claro, os crentes devem também compreender a diferença entre a oração pessoal e a oração coletiva. Quando a pessoa está orando sozinha, pensa somente em seus fardos; mas na oração coletiva todos deviam notar o fardo da reunião em vez de prestar atenção aos seus próprios. Portanto, numa reunião de oração os irmãos devem aprender a perceber o sentimento da reunião, Para algumas coisas, orar uma vez é suficiente. Não há necessidade de orar outra vez, pois a assembléia não mais tem o fardo. Mas por outras coisas, orar uma única vez não é o suficiente. Talvez precisemos orar outra vez, a terceira ou a quinta vez por esses assuntos. Antes que um fardo seja desfeito, ninguém deve começar a orar acerca de outro. Todos devem esperar que o primeiro fardo seja levantado; erigia alguém pode mudar para outro assunto à medida que o Senhor apresentar o fardo para oração. De modo que na reunião de oração, aprendamos a orar por certo assunto permitindo que uma, duas, três ou cinco pessoas orem conforme necessário. Não no sentido de cada um fazer sua própria oração, mas orar de comum acordo enquanto nos reunimos. A oração de comum acordo é algo que devemos aprender. Certa pessoa pode ser capaz de orar por si mesma, cinco pessoas podem ser capazes de orar respectivamente, mas todos nós, quando nos reunimos devemos aprender um novo tipo de oração, que é a oração de comum acordo. Percebamos que a oração pública ou coletiva não vem automaticamente; deve ser aprendida. “Se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que porventura pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos céus” (Mt 18:19). Isto não é algo insignificante. Devemos
aprender a perceber o sentimento dos outros, aprender a tocar o que é chamado de
oração da igreja, e aprender a discernir quando o fardo é levantado. Então
saberemos como realizar o ministério da oração na reunião.
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Ultima Atualização:
sexta-feira, 27 de agosto de 2021 21:53:37 |